Compositor musica as cartas de Emily Dickinson e Thomas Higginson

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Foi publicado no Providence Journal um artigo anunciando o projeto do compositor e professor universitário Eric Nathan. Intitulado Some Favored Nook, o ciclo de canções foi apresentado no contexto do projeto FirstWorks em Providence. A apresentação, que ocorreu neste domingo, 3 de março às 14h no horário local, foi seguida por uma conversa mediada com o compositor. Embora muitos poemas de Dickinson tenham sido musicados em diversas ocasiões, esta é a primeira vez em que suas cartas recebem um tratamento semelhante.

Segue tradução do artigo original:

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Nick Cave inclui Emily Dickinson entre seus poetas favoritos

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Em edição recente do Red Hand Files, espécie de blog onde Nick Cave responde a perguntas enviadas por fãs através de uma plataforma online, o compositor australiano incluiu Emily Dickinson quando foi listar alguns de seus poetas favoritos. Sobre sua relação com a poesia, ele declarou:

Eu sempre li muita poesia. Faz parte do meu trabalho como compositor. Eu tento ler, no mínimo, meia hora de poesia por dia, antes de começar minhas próprias composições. Isso escancara a imaginação, tornando a mente mais receptiva à metáfora e à abstração e serve como uma ponte entre a mente racional a um estado estranho de alerta, para o caso de uma ideia preciosa decidir surgir.

Você pode ler o texto todo em português no blog Nick Cave Brasil ou o original clicando aqui.

A Tradução da Poesia Completa de Emily Dickinson: Entrevista com Adalberto Müller

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por Marcela Santos Brigida

Qualquer discussão acerca da recepção da poesia de Emily Dickinson no Brasil passa necessariamente por uma análise do longo histórico de traduções de seus poemas para o português. O primeiro tradutor de Dickinson no país foi Manuel Bandeira, que publicou na revista Para Todos traduções para os poemas “I never lost as much but twice,” (Fr39) e “I died for Beauty – but was scarce” (Fr448) em 1928. Desde então, a poeta foi traduzida numerosas vezes por nomes que incluem Cecília Meirelles, Décio Pignatari, Olívia Krähenbühl, Mário Faustino, Paulo Mendes Campos, Ana Cristina Cesar, Aíla de Oliveira Gomes, Isa Mara Lando, José Lira, Augusto de Campos, entre outros. Essas traduções foram fundamentais no sentido de consolidar a presença da poesia de Emily Dickinson no Brasil. No entanto, após um longo período contando exclusivamente com antologias que ofereciam uma seleção restrita da extensa obra da autora, o leitor lusófono enfim contará com uma tradução da poesia completa de Emily Dickinson.

Em meados de 2016, foi anunciado que Adalberto Müller estava trabalhando em um projeto de tradução integral da obra de Dickinson (que conta com quase 1800 poemas) para o português. Embora traduções da poesia completa de Dickinson já estejam disponíveis em idiomas como o alemão e o francês, este é um empreendimento inédito na língua portuguesa. Müller já havia publicado traduções de poemas de Dickinson na Revista CultEscamandro, Revista Zunai e no Suplemento Pernambuco.

Sobre o tradutor

Professor de Teoria da Literatura na Universidade Federal Fluminense, Adalberto Müller é graduado e mestre em Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília. Ele possui doutorado em Letras-Francês pela Universidade de São Paulo (2002) e realizou pós-doutorado (PDE-CNPq) na Universidade de Münster, além de Pós-Doutorado Sênior (CAPES) em Yale no programa de Film Studies. Publicou os livros Orson Welles. Banda de um homem só (2015, Editora Azougue) e Trem cinema: contos (2015, 7Letras), além de três livros de poesia e traduções de Francis Ponge e e.e.cmummings. Escreveu e dirigiu o curta-metragem 35mm Wenceslau E A Árvore Do Gramofone. Em 2018 foi Visiting Scholar na University at Buffalo (SUNY), no Department of English, a convite de Cristanne Miller. (adaptado do currículo lattes do pesquisador)

Com o lançamento do primeiro volume da Poesia Completa planejado ainda para este ano, conversamos com o Prof. Adalberto sobre o que podemos esperar. Continue reading