No contexto deste difícil início de ano para nós, brasileiros, compartilho “‘Hope’ is the thing with feathers –” (Fr314) em tradução de Isa Mara Lando (2010). Neste poema, um pássaro que entoa seu canto “e não para jamais” dá corpo e voz à esperança. Cristanne Miller (2016) observou que Emily Brontë, de quem Dickinson era leitora, também retratou a esperança como ave canora no poema “Hope was but a timid friend” (1846).
Emily Dickinson e os tabloides
StandardEm 4 de maio de 1930, o jornal The Boston Herald Sunday publicou uma “matéria” de cunho sensacionalista especulando acerca da vida sentimental de Emily Dickinson, que faleceu em 1886. A imagem foi compartilhada no grupo da Emily Dickinson International Society no Facebook por Jeff Green, fotografada a partir do seu acervo pessoal. Ele compartilhou a imagem com esta legenda:
4 de maio de 1930… o jornal The Boston Herald… tenho quase certeza de que este é o marco da primeira vez em que Emily Dickinson recebeu “Manchetes de Fofoca de Tabloide” 😊 … a ocasião foi a publicação de uma das primeiras biografias de Emily por Josephine Pollit: Emily Dickinson: The Human Background of Her Poetry. Pollit escreve/revela que o “amor” da vida de Emily foi o Major Hunt … (morto acidentalmente durante a Guerra de Secessão em 1863), que era então casado com a amiga de infância da poeta, Helen Hunt (Jackson). O Boston Herald foi longe com essa manchete falando em amantes… criou uma grande ilustração e publicou um artigo que ocupou ¾ da página anunciando a “notícia”.